Após uma nomeação inesperada, Dom Evaristo Pascoal Spengler tem se dirigido ao Povo de Deus da Diocese de Roraima. Em suas primeiras palavras diz ter se encantado “com a fé do povo simples e com os grandes apelos missionários” da Prelazia do Marajó, que ele vê como “porta de entrada para a Amazônia com suas belezas e seus encantos, mas também seus dramas, seus desafios sociais e evangelizadores”.
No Marajó, Dom Evaristo diz ter descoberto “a abertura missionária para toda a querida Amazônia, e a importância da Amazônia para a Igreja e para o mundo”. Diante da nomeação do Papa Francisco, o Bispo eleito da Diocese de Roraima diz tê-la recebido “com muita disponibilidade e abertura de coração para acolher a nova realidade e seus desafios como um apelo de Deus”.
Seu novo Bispo agradece a “todos os que desde o início contribuíram no trabalho evangelizador” na Diocese de Roraima, dizendo chegar “em uma Igreja adulta e experiente”. Em Roraima ele chega “com espírito franciscano”, esperando encontrar irmãos, que “são sempre um dom, um presente de Deus”. Um Bispo que diz chegar “para somar, juntamente com os presbíteros, religiosos e religiosas e todos os batizados e batizadas que vivem sua vida de fé em comunidades, movimentos e paróquias, e servem nas pastorais, organismos eclesiais, equipes e conselhos”.
Da nova realidade reconhece seus desafios: “povos indígenas, migração, garimpo ilegal, violência, conflito de terras e territórios e o desafio da evangelização nessa realidade”. Mas também sabe “que a Igreja local é missionária, servidora e profética”, destacando “o serviço prestado pela Diocese aos migrantes venezuelanos”. Uma Igreja que segundo seu novo Bispo, “pauta as suas opções iluminada pelo Evangelho e não por aplausos ou críticas. É uma Igreja que tem clareza da sua opção de estar ao lado dos povos indígenas, migrantes e vulneráveis”.
Dom Evaristo é consciente de chegar num momento marcado pela tragédia humanitária que enfrenta o povo Yanomami, que define como “um escândalo da sociedade brasileira com repercussões internacionais”. Diante disso ele quer “somar com todos os de boa vontade, no esforço do resgate pelo respeito e dignidade deste povo, que vive a paixão de Cristo diante dos nossos olhos. Quero estar ao lado e apoiar a todos aqueles que defendem a vida, promovem a paz, e desenvolvem o cuidado da Casa Comum”.
Se sabendo limitado, o Bispo eleito da Diocese de Roraima afirma que “é necessário contar mais com a misericórdia de Deus e a ação do Espírito, do que com as nossas forças, e caminhar sempre com os irmãos em espírito de sinodalidade”. Ele lembra seu lema presbiteral, que é a promessa de Deus a Moisés: “Vai, eu estou contigo”. Por isso reconhece que “nossa única segurança é a presença do Deus que nos chama e nos envia através do seu Filho Jesus Cristo”. Igualmente lembra seu lema episcopal: “Avança para Águas Profundas”, que segundo Dom Evaristo, “não permite que eu me acomode”.
Finalmente, o Bispo agradece as mensagens de boas-vindas recebidas e “a acolhida e a fraternidade manifestada pelos bispos do Regional Norte 1 da CNBB”. Para sua nova missão pede a oração de todos e a intercessão de Nossa Senhora do Carmo, enviando sua benção.
Luis Miguel Modino, assessor de comunicação CNBB Norte1